quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Operação Piratini 2014



Podemos ver, discretamente, movimentações a respeito da corrida eleitoral para o governo do Estado do Rio Grande do Sul, neste ano, já. Aliás, observador que sou, consegui ter esta noção logo depois das eleições, as quais Tarso Genro (PT) fora o candidato eleito por esmagadora maioria. Neste sentido, quero comentar a respeito dos partidos e dos possíveis nomes que concorrerão ao cargo eletivo. Como já passei por um grande partido, ao qual tive muitos contatos e informações, não estarei tão por fora, por mais que tenha saído do tal partido há tempos.

O PMDB gaúcho, embora não tenha um nome forte para encabeçar chapa, resolveu esperar as ações do partido no plano federal, ou seja, se o mesmo aliar-se, novamente, com o PT, o que provavelmente o fará, pois dificilmente outra sigla ocupará o cargo de vice-presidente, tendo em vista que o PMDB e o PT são os maiores partidos do país, provavelmente, aqui no estado esta coligação não acontecerá. Estes dois partidos são rivais eternos e, sinceramente, não espero nunca que os mesmos coliguem-se.

No entanto, sem um nome para liderar a candidatura ao governo, o PMDB, que saiu muito enfraquecido das últimas eleições, sendo derrotado para o governo, para o Senado, terá de rebolar para achar uma brecha e, quem sabe, uma boa coligação para, quem sabe, ir para segundo turno. Pedro Simon não descarta a possibilidade de candidatar-se a governador. Não acredito que o faça, uma vez que o Senado Federal o conhece, já possui "a manha" de lá e não se incomoda tanto quanto o representante do Estado.

Outro possível nome para o PMDB é Germano Rigotto, que já governou o Estado e tendo mantido um governo morno, sem muitas mudanças. Estacionado, diria. Ajudou a cidade onde moro, pois foi com o apoio dele que o estaleiro Rio Grande fora construído, porém, perto de outras coisas, a nível estadual, mostrou-se morno e sem firmeza. Não acredito, aliás, que concorra ao governo, pois seus desejos ainda são o Senado Federal. José Fogaça, derrotado nas eleições passadas não se atreveria a concorrer novamente.

Não há nomes que embale o PMDB. Ninguém poderá o salvar do marasmo de colecionar derrotas. Não acredito que alguém do partido chegará ao segundo turno sendo líder de chapa. Se houver coligações e concorrer como vice de alguém, quem sabe!? Só que, ao mesmo tempo, penso que a sede de poder e a vontade de voltar a ganhar uma eleição aqui no RS é tanta que os peemedebistas não aceitarão qualquer vice.

Já o PT, que já tem sólida a candidatura do atual governador, Tarso Genro, à reeleição, precisa, urgentemente, melhorar a imagem do governo, que tem sido morno e de execuções simples e monótonas. Umas ações sociais bem sucedidas, que são marcas do PT, outras políticas, bem jogadas e outras por pura sorte não acabaram, ainda, com o Tarso, que mantém-se firme e com esperanças de ser o primeiro governador reeleito. Depois de Tarso, não vejo outro nome e, sinceramente, acredito ter mais chances que o próprio governador, senão o de Jairo Jorge, prefeito de Canoas.

Informações nos jornais de circulação estadual afirmam o bom desempenho do prefeito na cidade e seu carisma faz com que o mesmo seja cotado pela cúpula do partido. Entretanto, o prefeito não é conhecido pela maioria do Estado e, infelizmente, isso faz com que seu nome deva ser cogitado mais fortemente em 2018, quando poderá estar consolidado na política gaúcha. Outro nome que acredito ter um pouco de força no cenário petista é o de Edegar Pretto, deputado estadual, que vem realizando um trabalho sério e bem popular, como deve ser o PT.

Mesmo assim, de imediato, não existe outro nome que bata o de Tarso Genro, que, acredito, não conseguir a façanha de reeleger-se. Pelo menos, possui nomes a criar, a polir para que nas próximas eleições de 2018 eles sejam expostos e automaticamente conhecidos por todos.

Ana Amélia Lemos, senadora pelo PP, já faz, quase que discretamente, campanha para o governo. Obviamente oficializará sua candidatura mais perto das eleições, porém, é nítida a candidatura da progressista. Seus discursos, para quem acompanha a TV Senado é com base em críticas contundentes ao governo do PT, seja no âmbito federal ou estadual. Desta forma, os gaúchos a enxergam como uma mulher de fibra e capaz de realizar um governo mais consistente.

A ex-jornalista da RBSTV tem a fama como seu melhor cabo eleitoral, facilitando um possível triunfo em outubro de 2014. Só que, analisando esta hipótese, não consigo ver algo diferente do governo de Yeda Crusius. Acredito que a Ana Amélia seja, realmente, uma mulher de fibra, porém, não é simpática e aparenta ter a mesma arrogância que a ex-governadora.

Apostei, há um tempo atrás, que a progressista será nossa futura governadora e isso, a cada dia, se concretiza em minha mente, tendo toda a mídia a seu favor, com comentários que somente criticam negativamente o governo atual. Assim fica fácil, pois, infelizmente, o povo é, ou melhor, ainda é dependente da imprensa e das suas tendências para formar uma opinião.

O PDT tem um nome de peso: José Fortunati. Prefeito eleito de Porto Alegre com boa aceitação e com mudanças sendo realizadas de forma contundente na capital. Só que acredito que ainda não será o tempo dele. O partido precisa amadurecer a ideia e o seu nome e em 2018, sim, virá encabeçando chapa ao governo e, provavelmente, dará trabalho aos concorrentes. Não existe, no entanto, outro nome para ser citado dentro do PDT, que tenha força. Pelo menos eu não conheço.

O PSDB, depois da derrota da candidatura de Yeda Crusius á reeleição, sinceramente, acredito ter acabado, meio que pendurado as chuteiras. Precisa urgentemente rever isto e fazer um nome que possa se engajar à candidatura a vice, pelo menos, já que liderar uma campanha está muito difícil. Assim como o PD do B, que amargou mais uma derrota de Manuela D'Ávila à prefeitura de Porto Alegre. Enquanto seu nome não estiver madura o suficiente na política gaúcha, ela continuará na Câmara dos Deputados sem muita expressão. O PSOL, o PTB, o PR, o PV, o PPS e outros não possuem nomes fortes, restando, apenas, algumas coligações e a esperança de alguns cargos que lhes deem a chance de criar alguns nomes para concorrer muito futuramente ao governo ou a vice.

Tentei, ao máximo, me manter neutro. Se não consegui, minhas veias esquerdistas falaram mais alto e meio que me perdi no meio do caminho. Esta é a minha simples opinião, pelo o que acompanho do cenário político gaúcho.

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