domingo, 10 de maio de 2009

Mãe

Se tu és um filho ou filha como eu, deves pensar a mesma coisa: A MINHA MÃE É A MELHOR DO MUNDO! Será que estou enganado? Com certeza absoluta e indiscutível não! Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, mãe é: mulher ou qualquer fêmea que deu a luz a um ou mais filhos. Ora, mas que coisa engraçada! Então, quer dizer que nossa mãe é uma lâmpada? Uma vela? Um isqueiro? Um abajur? Talvez seja uma luminária, dependendo da altura. Sim, pois uma mãe com até 1,60m é um abajur e a partir deste comprimento passa a ser uma luminária. Será nossa mãe uma lanterna? Ou, mais profundamente, será a luz do fim do túnel, que tanto procuramos?

O dicionário está totalmente equivocado! Há mães que não dão a luz à crianças e mesmo assim são mães. O mesmo acontece com os animais, por exemplo, uma cadela que adota qualquer outro bicho é mãe. Ser mãe é estar presente sempre. Ser mãe é ser chata, pedindo para colocarmos nossos casacos, por estar está frio. Ser mãe é ser carinhosa, passando a mão em nossos cabelos, antes de dormir ou em qualquer hora do dia. “Eme”, “a” e “e”: uma palavra tão pequena, tão curta e tão grande ao mesmo tempo. Tão onipresente, tão importante!

Palavra grande porque dá sentido à nossas vidas, guiando-nos pelo caminho certo, do bem e livrando-nos, dentro do possível, do mal. Grande de amor (salvo, alguns casos que existem por aí e que nos chocam). Enorme de compreensão e respeito. Ora, uma palavra tão extensa a ponto de nos acompanhar por toda a vida, às vezes, em pensamentos e lembrança, mas mesmo assim, sempre presente. Mãe parece ser um pássaro com asas grandes e compridas que se abrem para nos abraçar, nos proteger, nos aquecer, nos amar e ali, de baixo dessas asas nos sentimos completos, perfeitos, protegidos e super heróis.

Mãe é uma heroína, do tipo de desenhos animados. Usam de tudo para sermos mais felizes, sermos melhores que elas, sermos pessoas de bem, sermos alguém que, realmente, faz a diferença. Mãe é quem cria, quem ama, quem dedica o seu tempo aos filhos, ou ao trabalho para justamente não faltar nada em casa para dar todo o conforto necessário à sua cria. Mãe é perfeita, pelo menos a minha é. Erra? Claro! Mas erros de mãe são perdoáveis e esquecíveis. Erram quando se preocupam conosco? Não! Quando nos fazem mil e uma perguntas sobre onde vamos, com quem vamos e que horas voltamos? Nãããooo!

Preocupação é denotação de amor e amor, este, eterno, inacabável, incomensurável, insubstituível, incapaz de abalar-se por poucas coisas. Amor de mãe é puro, honesto, é limpo, lindo, é único. Amor de mãe é como estar displicente a todas as coisas que nos rodeiam, pois é como se aquilo bastasse. É como se o amor delas fosse capaz de representar qualquer coisa em nossas vidas. Não estou conseguindo explicar, mas é como se bastasse nossas mães nos amar para estarmos completos, estarmos em paz, estarmos felizes. É óbvio que a realidade não é assim, infelizmente, pois a mesma é dura e insensível. Há vários fatores que nos fazem felizes, além do amor de nossas amadas mães.


Falando, particularmente, da minha luz, da minha luminária, pouco tenho a contar sobre ela. Pouco? Oh! Pouco porque é pessoal da vida dela e da minha, mas deixo claro que somos muito mais que mãe que manda e filho que obedece. Somos amigos, somos parceiros, somos mãe e filho namorados, daqueles que saem de mãos dadas nas ruas e no supermercado. Somos cúmplices nas bobagens, nas horas de piadas e nas horas tristes e também nas tensas. Somos carne e unha ou vice e versa! Somos fiéis um ao outro. Entendemos-nos pelo olhar, pelo gesto.

Começou a vermelhidão dos meus olhos e os mesmo ficaram, sem querer, levemente umedecidos, desobedecendo meus sentidos e fazendo com que a primeira lágrima caia sobre a roupa preta que visto. A emoção de poder falar, contar e prestar essa homenagem para minha mãe, a Senhora Leda Bandeira de Carvalho é enorme. Não é novidade para ela tudo o que escrevi, pois falo o que vocês todos estão lendo diariamente para quem quiser ouvir e para a dona Leda, também.

Mãe, minha, e de minhas irmãs: nem o céu, nem o mar, nem a força devastadora do fogo e nem a esperança que temos em nosso peito é tão maior ou igual ao amor que sinto por ti.

Um comentário:

thiago lazza disse...

É perfeitamente compreensível o fato d'eu nao ter lido até o final do teu texto,devido ao fato de que já é tarde e meus olhos a toda hora viram de soslaio pro travesseiro... mas só vim dizer que o blog tá ficando interessante,aposto que vovó Leda amou ! gostei demais...quando eu passar ao próximo nível de escritor quero um espaço ai também.grato pela atrenção,até breve! ehhehe abração