terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Enfim, Habilitado.

Hoje posso dizer que estou mais feliz que os dias anteriores da minha vida. Tenho 21 anos de idade e nunca fui tão feliz como estou agora. O motivo é simples: eu tenho CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Era desagradável sair com o carro dos meus pais ou de quem quer que fosse e andar pelas ruas se cuidando. Procurando um policial. Sempre vendo uma quadra antes. Era péssimo! Eu nunca ficava tranqüilo. Estava sempre preocupado. E se batessem no carro? Meu nome não constava no seguro do veículo. Como provaríamos que era meu pai que estava na festa freqüentada somente por universitários de no máximo 30 anos? Seria engraçado! Meu pai não é muito de sair em locais em que ele provavelmente se sinta deslocado, óbvio, ninguém gosta, mas seria, no mínimo, engraçado ver meu pai no Bauhaus (uma festa que tem na praia do Cassino, lugar onde vivo). Eu, sinceramente, adoraria sair com os meus pais e levá-los nesses lugares que eu freqüento com meus amigos e colegas de faculdade. E, falando nisso, ontem saí para a noite pela primeira vez com minha carteira de motorista. Foi como se estivesse inserido na sociedade. (risos). Foi como se pela primeira vez as pessoas estivessem me notando, me olhando, me reconhecendo. É bobagem, eu sei! Mas foi tão bom. Foi bom porque saí sem medo dos brigadianos e com certo ar de liberdade, pois peguei o carro e os meus pais apenas me perguntaram aonde eu ia. Não teve aquele papo melodramático da minha mãe dizendo que fica preocupada comigo e nem meu pai falando que os policiais poderiam me pegar e a multa seria alta e o processo da minha carteira estaria acabado. Foi algo que nunca tinha sentido. Uma mistura de liberdade, com um certo ar de superioridade. Uma coisa muito louca! Muito boa! Também, não posso deixar de falar que a companhia era perfeita. Patrícia, o nome dela. Uma loira não muito alta, com olhos claros e um corpo muito bonito. Não poderia estar melhor, não é!? Um papo legal e muitas risadas na madrugada de sexta-feira. Minha noite estava ótima. Encontrei alguns amigos que não falava há tempos. Combinamos umas saídas juntos para botar o papo em dia e nos divertirmos um pouco. Levei, de carro, (não me canso de dizer) a Patrícia no Larus. Um barzinho que tem no Cassino. Para mim é a melhor festa que Rio Grande oferece aos baladeiros. Estava realizado. Talvez, para outras pessoas isto pode ser bobo e passar despercebido, mas pense bem: para um jovem de 21 anos, com a testosterona a mil, com um monte amigos e muitas festas acontecendo, ir a pé não é muito legal, não é? Pois é! Claro que se eu for beber não vou me atrever a pegar o carro, por dois motivos: eu quero viver mais alguns anos e se os policiais me atacam em uma possível blitz eu to f... frito! (risos). Porém, agora que estou regularizado com os meus plenos direitos de dirigir, até o momento não vi uma blitz se quer. Que droga! Adoraria se um policial me barrasse e me pedisse minha CNH e os documentos do veículo. No momento ficaria nervoso procurando os documentos do veículo, pois não sei onde meu pai os guarda dentro do carro. (risos). É bobagem, mas é o que eu penso e o que gostaria que acontecesse. Era isso, dividi um pouco de bobagem e felicidade com vocês. Vai entender a cabeça de um jovem...

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