terça-feira, 29 de junho de 2010

Geonina, Boteco, Feriado e Maria Rita.

Pessoas interessantes e conversas animadas ao pé da mesa com duas panelas de fondue no fogo. Amigos reunidos e o frio chegando. Folga para assistir ao jogo do Brasil e vê-lo ganhar. Perfeito! Geonina? Será? Quem vai? Centro! Mais amigos e uma conversa sensata e um tanto quanto triste. Sempre há os momentos em que os amigos têm de emprestar seus ombros e, ontem, eu fiz isso. Uma cena meio constrangedora para alguém, mas nada anormal. A medida que o tempo vai passando, meus amigos começam a se habituar com a situação nova e tudo se transforma num carnaval de risadas e num bacanal de palavrões. E aquele assunto triste já nem é lembrado ou, pelo menos, naquele momento, fora esquecido. E eu? Eu ali. O constrangimento desse alguém já se transforma numa vergonha contida, misturada com uma risada sem vergonha e nada tímida. "Vambora!" E aí, o frio toma conta do corpo. É o inverno que chegou sem dar satisfação, sem explicações, sem mais nem menos. Apenas chegou fazendo com que os corpos gelem a uma temperatura nada agradável. Quer beber alguma coisa? Vinho ou cerveja? Ok! Cerveja, apesar do frio. (Momento cultura e futebolístico, agora): A cerveja, originalmente vinda da Holanda, - próxima seleção adversária do Brasil na Copa - é servida em temperatura ambiente no seu país de origem. No Brasil, porém, mesmo os termômetros marcando 8ºC, cerveja boa é aquela beeem gelada. (Ok! O momento bobagem passou!) Conversa vai e conversa vem. Risadas e mais risadas. CD's de adversários de sinuca e pessoas pedindo fogo. Nada muito coeso, mas eu entendo. Tu também, né? Ok! Vamos fazer o quê? Tudo bem. Geonina. Nada de estudos. Nada de casa. Geonina é a melhor opção. Bem como disse Carlos Drummond de Andrade: "no meio do caminho havia uma pedra". Aí bateu a dúvida: será mesmo a Geonina a melhor opção? Então, o impasse e o momento introspectivo chega par atordoar as nossas cabeças. Mentes pensantes no ônibus em plena madrugada. Ok! Vamos para o Boteco! E aí... hehehe... Aí a cerveja tomou conta e a vontade também. O frio nem era mais sentido. Os pagodeiros nos aqueciam com suas vozes desafinadas e seus gritos melancólicos quase chorando com as letras das músicas. A bagunça estava formada. Mais amigos reunidos. Noite perfeita! Cigarros, amigos, cerveja e boteco. Rá! Combinação exata! Porém, tudo que é bom termina. Está na hora de irmos para casa! Todos nós! Eu, tu, eles e a nossa vontade gritando. E, assim, foi feito. Feito e confirmado os pensamentos mais sórdidos. A carne grita no meio da rua e os olhos se fecham. Tudo muito bom. Tudo muito bem. Fomos até à parada final, esquecendo das ruas e do que poderia acontecer. No outro dia, no almoço, contidos e sérios. A tarde convidativa para um passeio batia na janela do quarto. Tudo tão estranho, tão diferente, tão bom, tão peculiar. Praia e sol. Abraço e música. Maria Rita cantando para nós e as ondas estourando a paz de um feriado que foi nosso.

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