domingo, 5 de dezembro de 2010

A Escuridão Permanente da Alma (Leandro Moreira)

Alma desceu ao apogeu da escuridão
na noite em que ela saiu com sua mais nova amiga,
a Solidão.

Alma estava se sentido muito triste,
magoada, já que sua outra amiga,
a Felicidade,
a trocara pela Esperança.
Então, Alma chamou sua mais nova fiel escudeira
para passearem.

Bateram perna...
Acabaram indo parar no bar da Vida.
Esta, cansada de correr bêbados de seu bar,
não deixou Alma e, tampouco, sua comparsa,
Solidão, entrarem, pois essas,
percebera Dona vida, já se encontravam
em estado de embriaguês.

Alma e Solidão saíram esbravejando tudo o que lhes vinha à cabeça...
Foram a outro bar,
tomaram umas doses a mais de violência
e voltaram ao bar que haviam ido anteriormente...
Dona Vida, ríspida, tentou enxotar as duas novamente...
Dessa vez, entretanto, Alma e Solidão deram jeito na Vida
e a mataram com um tiro a queima-roupa,
pois se sentiram discriminadas com o que ela fizera à elas
quando aquelas chegaram.

Depois disso, Alma e Solidão foram presas por homicídio culposo.
Elas ficaram em celas longes
para não ter perigo de confabularem uma fuga,
como de fato, já haviam planejado na semana anterior aos julgamento.

Alma, então, fora julgada e condenada à pena de morte e,
consequentemente, morta dias depois.
Sua ex-companheira, a Solidão, enlouquecera;
anda solta e vive a procura de uma nova parceira e amiga
para acompanhá-la em suas cretinices
e brindar à morte de sua amiga Alma...

2 comentários:

Matheus Bandeira de Carvalho disse...

De todos os textos do Leandro, este foi o que mais me chamou a atenção. O mais bonito e o mais forte. Não tenho o que dizer. Adoro muito este texto. Obrigado, Leandro e, mais uma vez, parabéns por tuas palavras!

Leo M. disse...

Obrigado pelo carinho, Matheus. Espero que numa próxima vez em que tu abrires espaço para publicações no teu blog, que o outro texto seja um pouco mais feliz... Hehehehehe... Fico muito contente que tenhas gostado desse. \o/