terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um nada sutil eu.

Estes dias estava pensando nas coisas da vida, no que aconteceu e o que foi acontecendo, como consequência. Pensei em mim. Pensei em mim em todos os ângulos sem mover minha cabeça um grau sequer. Lembrei de mim há dois, três ou até quatro anos atrás. Bateu saudade, ao mesmo tempo em que pensei que aquele eu não existe mais e o que eu tenho agora, em mim, é alguém melhor. Não estou falando isto para me promover ou aumentar meu ego ou qualquer coisa do gênero. Mas, a cada ano que passa, estamos, ou melhor, nos tornamos pessoas mais interessantes. As pessoas que vão passando por nossa vida deixam algo e aprendemos com isso, um livro que lemos, um programa de TV que assistimos, enfim. Tudo é motivo para aprendermos. E, por isso, sou convicto de que sou uma pessoa melhor que antes. Pensei mais sobre meus relacionamentos, como foram e como serão, os que tiverem de ser. Lembrei de cenas engraçadas, de amores prometidos, de "para sempre" não cumpridos, de coisas que vivi. Depois pensei nos meus amigos, os de verdade. Sim, eu tenho amigos que não são de verdade, os companheiros de festas, de cervejadas, de piadas no fim da noite. Meus amigos sempre companheiros de qualquer coisa, de qualquer indiada, de qualquer situação. Como sou grato por não ter somente um, dois ou três amigos. Tenho alguns, não muitos, mas o suficiente. Dizem que librianos têm esta facilidade em socializar com diversas pessoas. É verdade. Pensei em como estou agora. Vivendo e não mais sobrevivendo. Sorrindo e não mais inventando desculpas para fazê-lo. Sentindo e não me matando. Pensei em mim de maneira bem egoísta. Em tudo, em todos os setores da minha vida. Tenho feito amizades e as aproveitado constantemente, seja por telefone ou visitando todo mundo que, em mim, cativa algo bom. Tenho me aproveitado mais. Tenho me resgatado e feito tudo aquilo que quero fazer, com meus limites, obviamente. Com vinte e quatro anos, quase vinte e cinco, tenho algumas experiências e saberei contá-las a quem quiser saber da maneira certa, sem interferências, influências ou qualquer outra coisa. Tenho uma visão muito minha sobre tudo, embora permaneça em meu silêncio, vejo muitas coisas, anoto, mentalmente, algumas palavras, rabisco frases e concluo. Sempre concluo. Formado em direito, busco a justiça não só em papéis e processos mofados. Isso é um lema da minha vida. Tento ser o mais justo possível. Às vezes consigo, às vezes sou humano. Falando em ser humano, tenho meus erros, claro. Mas entre eles, há muitas qualidades que não tenho motivos para elencá-las aqui, neste momento. Basta me conhecer para justamente me conhecer e ver que não estou mentindo. Que erro, que acerto, que luto, que fujo, que finjo, que choro e que oro. Também não sou nenhum desesperado que ri de tudo. Não. Já passei desta fase e, agora, dou risada daquilo que é exatamente engraçado, que me faz rir e até chorar de rir. Um nada sutil eu, que brinca e que se irrita com coisas que na maioria das vezes, passa despercebido por outras pessoas. Talvez eu seja sensível demais ao mundo ou aos olhos de quem me vê, mas isto eu não levo em consideração, porque eu, graças a mim, sou eu mesmo. Nietzche teria orgulho de mim com esta frase, mas é verdade. Um ser que chora, que ri, que se diverte, que tenta se divertir, que ama, que é inundado de sentimentos. Um cara que não sabe viver sem perguntas e sem respostas. Um ponto interrogação depois de um "porque" é muito comum e eu adoro isto. Com dúvidas, inseguro, irritável, libriano. Estas linhas me fazem. Estas palavras me traduzem. Outras seriam exagero. Talvez o texto fale por mim. Acho que sim.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A Rosa Monique

É como uma rosa vermelha em seu mais perfeito momento, estado. Em sua mais perfeita cor, textura, vida. Linda sem exigir nem exibir nada além do que, simplesmente, é: bela. Os espinhos existem para poder segurá-la, lembrá-la que a realidade não é somente a seda vermelha que a envolve. A protegem das desventuras da vida e desafiam os que tentam arrancá-la do seu pé, tirá-la de si mesma. Vermelha, sexy. Quente. Lembra o prazer. O pecado capital. A pele que brota a sensualidade livremente. Na baforada de um cigarro, mostra toda sua feminilidade e inocência. Parece estar escrita nas folhas de Jorge Amado. A elegância, a simpatia, a luz e a sutil e inseparável sensualidade a faz.